O interessante é que, na maior parte das vezes, as palavras não possuem nada que faça lembrar os seres representados por elas. O fato é que se convencionou chamar determinados seres por determinadas palavras.
Assim, o léxico está sempre em evolução para expressar conceitos novos dos diversos ramos da atividade humana: ciência, tecnologia, esportes, artes etc. Palavras como informática, telemática, ecoturismo e biodiversidade, por exemplo, não existiam na língua portuguesa até há algum tempo.
Além de observar as palavras segundo seu comportamento morfossintático, podemos nos deter nelas, observando-as como componentes lexicais de uma língua, no nosso caso, a língua portuguesa.
Quando se fala em componentes lexicais, consideram-se as palavras formadoras do repertório ou vocabulário geral de uma determinada língua. Esse conjunto amplo - o léxico da língua - pode ser divido em subconjuntos, empregados para se falar em diferentes contextos (orais, escritos, formais, informais etc.) e sobre diferentes áreas de conhecimento, atividades, técnicas (Educação, Linguística, Medicina, Tecnologia, Astronomia e outras), por diferentes grupos sociais (surfistas, técnicos e advogados, entre outros) e diferentes indivíduos (adulto, criança, mulher, homem etc).
Como você pode perceber, dificilmente se obtém o domínio total do léxico de nossa língua.
Esses subconjuntos contidos no léxico da língua chamam-se campos lexicais e nos permitem falar sobre um determinado assunto, além de, a partir da análise da seleção léxica que apresenta um texto, identificar sobre que ideia, conhecimento ou técnica se está discorrendo.
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