Lista de exercícios para redação do Enem

assinar descomplica-enem-redação-nota-1000Esta é uma lista de exercícios preparada especialmente para quem está estudando para o Enem e tem dificuldades em interpretação de textos. É necessário entender que na interpretação de textos o estudante precisa dominar vários recursos linguísticos que participam diretamente da construção do sentido. Na redação do Enem, por exemplo, é necessário não só conhecer a estrutura do texto dissertativo como também de que maneira os conectivos atuam para melhorar a expressividade. Digo para meus alunos que saber o tema da redação do Enem é o de menos quando se trata de escrever com coerência, coesão, clareza e riqueza de vocabulário. Vamos em frente então.

Atividades para estudar redação no Enem

QUADRO DE CONTEÚDOS

CONTEÚDOS/CAPÍTULOS

QUESTÕES

(Re)textualização

1,2,8,10,12, 19,27,32,33 e 35.

Modos de expor e de argumentar

6,7,9,11,15,20,25,31,36 e 38.

Modos de narrar

4,13,16,17,22,24,28, 29, 30 e 37.

Modos de instruir e de descrever

3,5,14,18,21,23,26,34,39 e 40.

I. QUESTÕES OBJETIVAS

As questões 01, 02 e 03 referem-se à charge a seguir, destacando certa ironia presente entre as falas e os pensamentos dos interlocutores.

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Fonte: http://www.acessa.com/galera/arquivo/humor/2003/11/3-charges/charge3.jpg – 8/6/2010 – adaptado.

QUESTÃO 01 (Descritor: Identificar marcas de posicionamento enunciativo do(s) locutor(es) e enunciador(es) e seus efeitos de sentido.)

Nível de dificuldade: Médio.

Assunto: Retextualização, relação entre interlocutores.

O ponto principal da retextualização, ocasionando humor da charge acima, é a

a) fala de uma esposa pelo balãozinho, mostrando ‘quem manda no pedaço’.

b) imagem da sogra que é transmitida por uma sombra que tumultua o genro.

c) utilização de uma palavra em língua inglesa de grande destaque Halloween.

d) imagem que transmite a relação ‘fala’ e ‘pensamento’ entre os personagens.

e) relação entre as imagens: abóbora iluminada (Halloween) e a visita da sogra.

QUESTÃO 02 (Descritor: Distinguir diferentes pontos de vista de enunciação ou posicionamentos enunciativos em textos apresentados.)

Nível de dificuldade: Médio.

Assunto: Enunciados, enunciação, discurso.

A imagem de um dos personagens, identificada pela ironia por aparentar um ser do inferno, caracteriza-se pelo

a) pensamento dos demais personagens envolvidos.

b) pensamento somente de um dos personagens: o genro.

c) ato real que destaca a sua própria vivência no dia a dia.

d) costume abordado no evento cultural: o dia das bruxas.

e) transcurso de origem pagã, na história do Halloween.


QUESTÃO 03 (Descritor: Descrever as características discursivas, semânticas e formais do enunciado descritivo típico.)

Nível de dificuldade: Médio.

Assunto: Enunciado, efeitos de sentido.

A ironia presente na charge é destacada e reconhecida pelos interlocutores no costume cultural identificado pelo(a)

a) Dia das Bruxas – Halloween.

b) maldade nas ações dos genros.

c) crueldade das esposas nos lares.

d) crítica de sogras insuportáveis.

e) engano casual nos pensamentos.

As questões 04, 05 e 06 referem-se ao artigo publicado pela Revista Ciência Hoje (Seção ‘Revista Ciência Hoje das Crianças’), no dia 7 de junho de 2010, com o título: Por que muitos animais têm facilidade em reconhecer seus parentes?

Por que muitos animais têm facilidade em reconhecer seus parentes?

A CHC 212 revela que, na natureza, reconhecimento tem tudo a ver com sobrevivência!

Por: Marcus Aurélio d’Alencar Mendonça, Pós-graduação em Zoologia, Universidade Estadual de Santa Cruz

Publicado em 7/6/2010 / Atualizado em 7/6/2010

Se alguém lhe dissesse que ratos, aves e até insetos sabem quem são seus parentes, você acreditaria? Pois é verdade! Alguns animais conseguem distinguir pais, filhos, irmãos, meio-irmãos, primos, tios e até avós, mesmo sem terem se encontrado antes.

A ideia dos animais se reconhecerem é antiga, estudada por muitos cientistas ao longo dos anos. Mas apenas há pouco tempo foi possível comprovar a capacidade que os animais têm de reconhecer seus parentes. Foi preciso estudar em detalhes os mecanismos envolvidos neste reconhecimento e como este fato afeta a vida dos animais.

Os cientistas descobriram que alguns bichos desenvolvem uma forma de se comunicar e que essa habilidade faz com que muitos se reconheçam. A diversidade de animais que se comunicam distribui-se por todo o reino animal, indo desde as bactérias até os seres humanos. Insetos, peixes, sapos e lagartos, por exemplo, se comunicam e, assim, reconhecem seus parentes por meio do olfato – é!, sentindo o cheiro. Já as aves e os mamíferos, além do cheiro, reconhecem pela voz ou pela aparência.

Vejamos o caso dos ratos: o sentido do olfato é tão apurado nesses animais que eles conseguem distinguir seus irmãos por diferenças mínimas existentes no cheiro da urina. Já algumas espécies de aves se reconhecem pelo som. O chamado emitido pelas aves pode ser comparado à voz humana – suas partes podem ser comparadas a sílabas, palavras e frases.

Durante a juventude, as pequenas aves ouvem com muita atenção as vozes de seus pais e irmãos. Com o passar do tempo, e de muito treino, eles aprimoram seu próprio repertório, que se torna mais parecido com o de seus parentes.

Os cientistas ainda foram além: observaram como muitos animais se comportam de maneira diferente diante de membros da sua família e o tratamento que os bichos dão uns aos outros. Assim, verificaram que os animais respondem de maneira diferenciada aos estímulos vindos de sua própria família.

Mas, afinal, qual é a vantagem de os animais saberem quem são seus parentes? Na natureza, podemos identificar algumas delas. Evitar a reprodução entre membros da mesma família; cuidar preferencialmente de filhos e irmãos; trabalhar em conjunto para defender alimento e território; formar grupos para viver em sociedade.

Agora, quer um exemplo? Quando roedores, como os coelhos, encontram-se com outros da mesma espécie em seu território, dependendo de seu grau de parentesco, eles podem: ficar juntos ou evitarem o contato; serem agressivos ou amigáveis; formar casais ou não. Conclusão: reconhecimento tem tudo a ver com sobrevivência!

Fonte: http://chc.cienciahoje.uol.com.br/revista/revista-chc-2010/212/por-que-muitos-animais-tem-facilidade-em-reconhecer-seus-parentes – 9/6/2010 – adaptado.


QUESTÃO 04 (Descritor: Reconhecer a coesão como recurso que favorece a legibilidade dos textos.)

Nível de dificuldade: Fácil.

Assunto: Efeitos de sentido, inferência.

O fato descoberto pelos cientistas de que alguns bichos desenvolvem uma forma de se comunicar pode ser explicada pela

a) semelhança entre as cinco capacidades dos sentidos desenvolvidas, em todo o mundo, por todos os animais: visão, audição, tato, paladar e olfato.

b) semelhança de uma das capacidades de sentido utilizada e reconhecida entre os animais da mesma raça, ajudando-os a reconhecer um parente.

c) diferença entre os animais que constituem uma classe de vertebrados ou invertebrados; até mesmo mamíferos roedores, como os ratos.

d) grande pesquisa do conhecimento entre os animais, realizada pelos zoólogos (cientistas cuja parte da biologia associa-se aos animais), identificada há bastante tempo.

e) articulação na ação da língua, dos lábios, dos dentes e do véu palatino (parte posterior ao céu da boca) entre os animais, proporcionando o movimento da fala.

QUESTÃO 05 (Descritor: Reconhecer os processos sintáticos de organização e hierarquização das palavras em frases.)

Nível de dificuldade: Fácil.

Assunto: Termos acessórios da oração.

Conclusão: reconhecimento tem tudo a ver com a sobrevivência!

O último enunciado presente no artigo, acima destacado, ajuda-nos a reconhecer um termo acessório da oração que, ligado a um substantivo, tem a função de explicá-lo de forma isolada, cujo nome é

a) Aposto.

b) Vocativo.

c) Adjunto Adnominal.

d) Complemento Nominal.

e) Adjunto Adverbial.

QUESTÃO 06 (Descritor: Reconhecer, em textos apresentados, estratégias de remissão exofórica (contextual ou situacional) e de remissão endofórica (cotextual ou textual).)

Nível de dificuldade: Difícil.

Assunto: Tipologia textual.

A tipologia textual destacada no artigo científico divulgado pela revista, na seção Ciência Hoje das Crianças, apresenta informações a respeito dos assuntos, desenvolve ideias, explica, avalia e reflete; recebe o nome de

a) Descrição.

b) Argumentação.

c) Exposição.

d) Injunção.

e) Narração.


As questões 07, 08 e 09 referem-se ao slogan (frase publicitária ou de propaganda, breve e incisiva), brasileiro, divulgado pela rede de cartões de crédito MASTECARD – empresa que presta serviços em mais de duzentos e dez países e territórios do mundo.

“Existem coisas que o dinheiro não compra. Para todas as outras existe MASTERCARD”.

QUESTÃO 07 (Descritor: Relacionar as pistas deixadas pelo autor com contextos, discursos e pontos de vista.)

Nível de dificuldade: Médio.

Assunto: Inferência, discurso, efeitos de sentido.

O objetivo comercial do enunciado apresentado pelo slogan divulgado aos clientes pela MASTERCARD, mostrando a facilidade para adquirir outras coisas com o uso de um cartão de crédito oferece, é o de

a) reduzir o pagamento nas compras de novos e excelentes produtos.

b) persuadir pela oportunidade em parcelar o pagamento nas compras.

c) estabelecer o sucesso obtido em todas as lojas: à vista ou no débito.

d) reforçar algo que nunca é de interesse público: comprar novos produtos.

e) defender os bons valores da vida, no sentido abstrato: afeto, carinho.

QUESTÃO 08 (Descritor: Identificar os constituintes imediatos da oração.)

Nível de dificuldade: Fácil.

Assunto: Termos essenciais da oração.

As três orações do slogan, Existem coisas / que o dinheiro não compra / Para todas as outras existe MASTERCARD, possuem os SUJEITOS sintaticamente classificados, RESPECTIVAMENTE, como

a) Oração Sem Sujeito, Sujeito Simples e Sujeito Composto.

b) Sujeito Simples, Sujeito Simples e Oração Sem Sujeito.

c) Oração Sem Sujeito, Sujeito Simples e Oração sem Sujeito.

d) Sujeito Indeterminado, Sujeito Simples e Sujeito Composto.

e) Sujeito Simples, Sujeito Simples e Sujeito Simples.

QUESTÃO 09 (Descritor: Identificar os constituintes imediatos da oração.)

Nível de dificuldade: Médio.

Assunto: Termos essenciais da oração.

Para todas as outras existe MASTERCARD.

A oração acima, retirada do slogan, possui, sintaticamente, um PREDICADO referente ao sujeito estabelecido. Tal PREDICADO pode ser IDENTIFICADO e CLASSIFICADO como

a) “[...] MASTERCARD” – Predicado Verbal.

b) “[...] MASTERCARD” – Predicado Nominal. .

c) “[...] MASTERCARD” – Predicado Verbo-nominal.

d) “Para todas as outras existe [...]” – Predicado Verbo-nominal.

e) “Para todas as outras existe [...]” – Predicado Verbal.

As questões 10, 11 e 12 referem-se à charge a seguir, em uma placa utilizada em determinada cidade no Brasil. A charge critica as situações políticas que podem ocorrer em todo o país.

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Fonte: http://olhosdonorte.files.wordpress.com/2009/04/charges.jpg – 10/6/2010 adaptado.

QUESTÃO 10 (Descritor: Reconhecer, em textos apresentados, estratégias de remissão exofórica (contextual ou situacional) e de remissão endofórica (cotextual ou textual).)

Nível de dificuldade: Médio.

Assunto: Inferência, discurso, enunciado e enunciação.

A pergunta feita na charge pelos dois personagens pode ser inferida no quadrinho pela dúvida que eles tiveram a respeito das discrepâncias políticas em que apresentam

a) candidatos inimigos em uma eleição, mas “amigos” atualmente, algo que prejudica o povo no Brasil.

b) os eleitos ao buscar toda a melhoria das dificuldades sociais, mostrando-se amigos de todo o povo.

c) a necessidade de todo candidato ser eleito quando ele discursar algo que envolve o bem-estar social.

d) a atenção em escolher um candidato se ele prometer ser amigo de todos, até mesmo do concorrente.

e) o costume que envolve todo o bem-estar social: pedir desculpas e ser sempre amigo de outro cidadão.

QUESTÃO 11 (Descritor: Explicar o valor semântico e argumentativo dos pronomes indefinidos e dos advérbios, em textos apresentados.)

Nível de dificuldade: Médio.

Assunto: Tipologia textual.

A charge liga as caricaturas das imagens à pergunta feita pelos personagens que representam o povo à resposta feita pelos personagens que representam os políticos. Essa declaração dos personagens políticos – Inimigos são vocês! – constitui um tipo de sentença que responde à dúvida realizada anteriormente, sendo algo verdadeiro ou falso, de acordo com uma conversa em certo debate. Esse tipo de texto, como em um diálogo, é chamado de

a) Narração.

b) Exposição.

c) Argumentação.

d) Injunção.

e) Descrição.

QUESTÃO 12 (Descritor: Perceber diferenças entre mecanismos de coesão na língua oral e na língua escrita.)

Nível de dificuldade: Fácil.

Assunto: Efeitos de sentido, inferência, discurso.

A atenção destacada pela charge, em relação à questão política nos período de eleição, é

a) o descaso apresentado pelos eleitores.

b) o cuidado apresentado pelos candidatos.

c) a boa amizade realizada entre os candidatos.

d) a falta de amizade prevista entre a população.

e) a persuasão dos candidatos aos eleitores.

As questões 13, 14 e 15 referem-se ao poema a seguir, de Ricardo Reis (heterônimo do conhecido escritor e poeta português Fernando Pessoa, nascido na cidade de Lisboa em 1888 e falecido em 1935).

Não Sejamos Inteiros numa Fé talvez sem Causa

Meu gesto que destrói
A mole das formigas,
Tomá-lo-ão elas por de um ser divino;
Mas eu não sou divino para mim.
Assim talvez os deuses
Para si o não sejam,
E só de serem do que nós maiores
Tirem o serem deuses para nós.
Seja qual for o certo,
Mesmo para com esses
Que cremos serem deuses, não sejamos
Inteiros numa fé talvez sem causa.

Ricardo Reis, in "Odes"
Heterônimo de Fernando Pessoa.

Fonte: http://www.citador.pt/poemas.php?op=10&refid=200809030706 – 10/6/2010 – adaptado.

QUESTÃO 13 (Descritor: Identificar marcas de posicionamento enunciativo do(s) locutor(es) e enunciador(es) e seus efeitos de sentido.)

Nível de dificuldade: Médio.

Assunto: Inferência, discurso.

O que o poeta recomenda aos interlocutores, às pessoas que leem o seu poema, é o cuidado que cada um deve ter com

a) os deuses, porque nem sempre agem da forma que esperamos.

b) as formigas que, metaforicamente, representam o nosso dia a dia.

c) consigo mesmo, pensando como se fosse um Deus, mas não o é.

d) o cuidado em tratar bem animais invertebrados, como as formigas.

e) uma fé necessária a situações diárias para atingir o objetivo esperado.

QUESTÃO 14 (Descritor: Explicar as diferenças entre sintagmas classificados como complementos nominais e como adjuntos adnominais.)

Nível de dificuldade: Fácil.

Assunto: Termos acessórios da oração.

Meu gesto que destrói
A mole das formigas...

Os dois versos do poema acima, destacando um termo que caracteriza sintaticamente um nome e sua ligação com o verbo e o outro que integra sintaticamente um substantivo, podem ser sintaticamente CLASSIFICADOS, RESPECTIVAMENTE, como

a) Adjunto Adnominal e Adjunto Adverbial.

b) Adjunto Adnominal e Complemento Nominal.

c) Complemento Nominal e Adjunto Adnominal.

d) Vocativo e Aposto.

e) Aposto e Complemento Nominal.

QUESTÃO 15 (Descritor: Explicar o valor semântico e argumentativo dos pronomes indefinidos e dos advérbios, em textos apresentados.)

Nível de dificuldade: Médio.

Assunto: Enunciado, argumentação.

No poema, o argumento do poeta de um deus apresentar-se como um deus sempre vencedor, como algo que as pessoas imaginam, tem, provavelmente, o objetivo de

a) mostrar que são capazes de realizar tudo na vida de cada um.

b) incentivar cada ser humano nas formigas, durante a toda vida.

c) de que não ajamos como um indivíduo sem causa e sem fé.

d) agirmos como os próprios deuses, com boas realizações na vida.

e) que cada indivíduo aja de acordo o que pensa ser um deus.


As questões 16, 17 e 18 referem-se ao texto a seguir, retirado de um blog, destacando a importância em praticar esporte.

Importância do Esporte

Por Gabriela Cabral

Dá-se o nome de esporte às atividades físicas realizadas por pessoas que se submetem aos regulamentos e participam de competições. A prática de esportes beneficia grandiosamente as pessoas e até mesmo a sociedade, pois reduz a probabilidade de aparecimento de doenças, contribui para a formação física e psíquica além de desenvolver e melhorar tais formações.

Na adolescência, as pessoas são muitas vezes influenciadas pelo consumismo, problemas psicológicos, hábitos prejudiciais e outros que também influenciam as demais faixas etárias, gerando conflitos internos que desviam valores e aprendizagens antes obtidos. É neste processo que o esporte mostra sua grande contribuição à sociedade.

Cada esporte possui suas particularidades que envolvem as pessoas e as fazem optar por qual praticar. Os esportes influenciam no desenvolvimento saudável dessas e os distanciam da mentalidade distorcida que hoje se prega no mundo, e ainda faz com que as pessoas se distanciem da criminalidade que está presente em todos os locais de forma bastante organizada e sedutora.

Existem inúmeras instituições sem fins lucrativos que criam centros de esportes em áreas de baixa renda a fim de focar a atenção dos jovens e adolescentes e ainda distanciá-los da marginalidade e das criminalidades existentes no mundo. O crime organizado existe como organização estruturada e presente em todos os lugares, como sentinelas buscando novas vidas, o esporte tem a importante e difícil missão de mostrar que nem sempre o caminho teoricamente mais fácil é o correto.

Fonte: http://www.alunosonline.com.br/educacao-fisica/importancia-do-esporte/ – 11/6/2010 – adaptado.

QUESTÃO 16 (Descritor: Identificar o discurso de relato e suas características em textos de diversos gêneros.)

Nível de dificuldade: Fácil.

Assunto: Inferência, enunciado.

Em todo o contexto, a importância da prática do esporte beneficia, especialmente,

a) cada pessoa.

b) a sociedade.

c) cada pessoa e a sociedade.

d) todos os atletas.

e) os profissionais na área.


QUESTÃO 17 (Descritor: Reconhecer os processos sintáticos de organização e hierarquização das palavras em frases.)

Nível de dificuldade: Médio.

Assunto: Termos integrantes da oração.

[...] as pessoas são muitas vezes influenciadas pelo consumismo, problemas psicológicos, hábitos prejudiciais e outros [...].

Analisando o trecho destacado, percebemos que a flexão verbal encontra-se na voz passiva analítica, fazendo com que as pessoas tornem-se sujeito da oração e consumismo, problemas psicológicos, hábitos prejudiciais e outros se tornem o agente da passiva. Transformando todo o trecho, no mesmo sentido, na mesma relação sintática, da voz passiva analítica para a voz ativa e fazendo do agente da passiva o sujeito da oração, assinale, a seguir, a opção realizada CORRETAMENTE.

a) O consumismo influencia as pessoas muitas vezes.

b) As pessoas influenciam-se muitas vezes.

c) O consumismo, problemas psicológicos, hábitos prejudiciais e outros são muitas vezes influenciados pelas pessoas.

d) O consumismo, problemas psicológicos, hábitos prejudiciais e outros influenciam muitas vezes as pessoas.

e) O consumismo, problemas psicológicos, hábitos prejudiciais influenciam muitas vezes as pessoas.

QUESTÃO 18 (Descritor: Identificar o discurso de relato e suas características em textos de diversos gêneros.)

Nível de dificuldade: Médio.

Assunto: Inferência, efeito de sentido, discurso.

No último parágrafo, a escritora do artigo, Gabriela Cabral, explica que o crime organizado na sociedade constitui

a) uma metáfora associada à prática de esportes nas áreas de baixa renda.

b) um espaço, certa ação buscada pelas pessoas nas áreas de baixa renda.

c) algo como uma sentinela, realizado por soldados nas áreas de baixa renda.

d) uma ação árdua, realizada pelos profissionais antenados à área de esporte.

e) pelos perigos que atingem apenas os adolescentes nas áreas de baixa renda.


As questões 19, 20 e 21 referem-se à tirinha a seguir, dos personagens Calvin e Haroldo, criada, escrita e ilustrada pelo autor norte americano Bill Watterson.

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Fonte: http://menzye.files.wordpress.com/2009/02/calvin-e-haroldo-final.jpg – 11/6/2010 – adaptado.

QUESTÃO 19 (Descritor: Identificar marcas de posicionamento enunciativo do(s) locutor(es) e enunciador(es) e seus efeitos de sentido.)

Nível de dificuldade: Médio.

Assunto: Retextualização, discurso, enunciado, enunciação.

Percebendo no último quadrinho que o personagem Haroldo consiste exatamente em um tigre de pelúcia, suas falas nos quadrinhos anteriores evidenciam-nos, na imagem transmitida na tirinha, de acordo à retextualização montada,

a) a possibilidade de conversar com brinquedos.

b) a fantasia em conversar com animais felinos.

c) a preocupação de Calvin com o dever de casa.

d) a vontade de conversar com seu amigo, Calvin.

e) a imaginação de Calvin transmitida a Haroldo.


QUESTÃO 20 (Descritor: Identificar marcas de posicionamento enunciativo do(s) locutor(es) e enunciador(es) e seus efeitos de sentido.)

Nível de dificuldade: Médio.

Assunto: Inferência, efeitos de sentido, discurso.

A fala de Calvin a Haroldo, O que você disse? Não estava escutando... , revela aos leitores (interlocutores da tirinha) que cada ser humano deve, em seu próprio pensamento, de acordo com a situação apresentada,

a) conversar somente com a pessoa de quem realmente gosta.

b) conversar antes de tudo com seu amigo para que ele não fuja.

c) priorizar o que pede seus responsáveis, evitando desgaste.

d) enfatizar certa prioridade, evitando erros e perda de tempo.

e) nunca se atentar aos tipos de conversas com certos objetos.

QUESTÃO 21 (Descritor: Identificar marcas de posicionamento enunciativo do(s) locutor(es) e enunciador(es) e seus efeitos de sentido.)

Nível de dificuldade: Médio.

Assunto: Inferência, discurso, enunciação.

O momento situacional do espaço, além das solicitações de sua mãe e a data prevista para entrega do trabalho, ao observarmos os quadrinhos da tirinha, é que o personagem Calvin pensou em sua melhor opção, permanecendo dentro de casa, foi também o(a)

a) desinteresse em sair e de brincar com Haroldo.

b) desinteresse de Haroldo ajudá-lo a fazer o trabalho.

c) caso de estar muito frio, nevando pra caramba.

d) interesse sempre presente: fazer um trabalho.

e) falta de criatividade de Haroldo para sair e brincar.

(FUNDAÇÃO UNIVERSITÁRIA PARA O VESTIBULAR – FUVEST – 2010 – adaptado)

QUESTÃO 22 (Descritor: Relacionar marcas linguísticas de objetividade.)

Nível de dificuldade: Médio.

Assunto: Inferência, intertextualidade, enunciado.

“Pela primeira vez na história da humanidade, mais de um bilhão de pessoas, concretamente 1,02 bilhão, sofrerão de subnutrição em todo o mundo. O aumento da insegurança alimentar que aconteceu em 2009 mostra a urgência de encarar as causas profundas da fome com rapidez e eficácia.”

Relatório da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação [FAO], primeiro semestre de 2009.

Tendo em vista as questões levantadas pelo texto, é CORRETO afirmar que

a) a principal causa da fome e da subnutrição é a falta de terra agricultável para a produção de alimentos necessários para toda a população mundial.

b) a proporção de subnutridos e famintos, de acordo com os dados do texto, é inferior a 10% da população mundial.

c) as principais causas da fome e da subnutrição são disparidades econômicas, pobreza extrema, guerras e conflitos.

d) as consequências da subnutrição severa em crianças são revertidas com alimentação adequada na vida adulta.

e) o uso de organismos geneticamente modificados na agricultura tem reduzido a subnutrição nas regiões mais pobres do planeta.

Fonte: http://www.vestibulandoweb.com.br/artigos/vestibular/gabarito-fuvest-2010.asp – 11/6/2010 – adaptado.

(INSTITUTO TECNOLÓGICO DE AERONÁUTICA – ITA – 2010 – adaptado)

QUESTÃO 23 (Descritor: Entender as diferentes variedades do português brasileiro como elemento de identidade cultural, associação filológica, lusofonia e acordo ortográfico.)

Nível de dificuldade: Médio.

Assunto: Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.

Qual o dito popular que se aplica à situação mostrada na tira a seguir?

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a) Quem ao moinho vai, enfarinhado sai.

b) Não se faz omelete sem quebrar os ovos.

c) Ri-se o roto do esfarrapado e o sujo do mal lavado.

d) Água mole em pedra dura tanto bate até que fura.

e) Para bom mestre, não há má ferramenta.

Fonte: http://www.vestibulandoweb.com.br/gabaritos/ita-2010.asp – 11/6/2010 – adaptado.

(UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ – UEM – PR – 2006 – adaptado)

QUESTÃO 24 (Descritor: Explicar as diferenças entre sintagmas classificados como adjuntos adnominais e como complemento verbal.)

Nível de dificuldade: Difícil.

Assunto: Termos acessórios da oração e termos integrantes da oração.

O Brasil jovem está curtindo o vestibular.

Os termos destacados, no período acima, são, RESPECTIVAMENTE:

a) adjunto adverbial e objeto direto.

b) predicativo do sujeito e objeto direto.

c) adjunto adnominal e complemento nominal.

d) adjunto adnominal e objeto direto.

e) adjunto adverbial e predicativo do sujeito.

Fonte: http://www.juliobattisti.com.br/tutoriais/josebferraz/exercicios005.asp – 11/6/2010 – adaptado.


II. QUESTÕES ABERTAS

As questões 25, 26 e 27 referem-se à canção Eduardo e Mônica, interpretada pela banda brasileira estilo pop rock (1982-1996), Legião Urbana, e composta pelo cantor líder da mesma banda, Renato Russo – nascido na cidade Rio de Janeiro no dia 27 de março de 1960 e falecido no dia 11 de outubro de 1996, em virtude das consequências causadas pela Aids.

Eduardo e Mônica

Legião Urbana

Composição: Renato Russo

Quem um dia irá dizer
Que existe razão
Nas coisas feitas pelo coração?
E quem irá dizer
Que não existe razão?

Eduardo abriu os olhos, mas não quis se levantar
Ficou deitado e viu que horas eram
Enquanto Mônica tomava um conhaque
No outro canto da cidade, como eles disseram...

Eduardo e Mônica um dia se encontraram sem querer
E conversaram muito mesmo pra tentar se conhecer...
Um carinha do cursinho do Eduardo que disse:
"- Tem uma festa legal, e a gente quer se divertir"

Festa estranha, com gente esquisita
"- Eu não 'to' legal, não aguento mais birita"
E a Mônica riu, e quis saber um pouco mais
Sobre o boyzinho que tentava impressionar
E o Eduardo, meio tonto, só pensava em ir pra casa
"- É quase duas, eu vou me ferrar..."

Eduardo e Mônica trocaram telefone
Depois telefonaram e decidiram se encontrar
O Eduardo sugeriu uma lanchonete,
Mas a Mônica queria ver o filme do Godard

Se encontraram então no parque da cidade
A Mônica de moto e o Eduardo de ‘camelo’
O Eduardo achou estranho, e melhor não comentar
Mas a menina tinha tinta no cabelo

Eduardo e Mônica eram nada parecidos
Ela era de Leão e ele tinha dezesseis
Ela fazia Medicina e falava alemão
E ele ainda nas aulinhas de inglês

Ela gostava do Bandeira e do Bauhaus
De Van Gogh e dos Mutantes, de Caetano e de Rimbaud
E o Eduardo gostava de novela
E jogava futebol-de-botão com seu avô

Ela falava coisas sobre o Planalto Central
Também magia e meditação
E o Eduardo ainda tava no esquema "escola, cinema
clube, televisão".

E mesmo com tudo diferente, veio mesmo, de repente
Uma vontade de se ver
E os dois se encontravam todo dia
E a vontade crescia, como tinha de ser...

Eduardo e Mônica fizeram natação, fotografia
Teatro, artesanato, e foram viajar
A Mônica explicava pro Eduardo
Coisas sobre o céu, a terra, a água e o ar...

Ele aprendeu a beber, deixou o cabelo crescer

E decidiu trabalhar
E ela se formou no mesmo mês
Que ele passou no vestibular

E os dois comemoraram juntos
E também brigaram juntos, muitas vezes depois
E todo mundo diz que ele completa ela
E vice-versa, que nem feijão com arroz

Construíram uma casa há uns dois anos atrás
Mais ou menos quando os gêmeos vieram
Batalharam grana, seguraram legal
A barra mais pesada que tiveram

Eduardo e Mônica voltaram pra Brasília
E a nossa amizade dá saudade no verão
Só que nessas férias, não vão viajar
Porque o filhinho do Eduardo tá de recuperação
Ah! Ahan!

E quem um dia irá dizer
Que existe razão
Nas coisas feitas pelo coração?
E quem irá dizer
Que não existe razão!

Fonte: http://letras.terra.com.br/legiao-urbana/22497/– 12/6/2010 – adaptado.

QUESTÃO 25 (Descritor: Identificar marcas de posicionamento enunciativo do(s) locutor(es) e enunciador(es) e seus efeitos de sentido.)

Nível de dificuldade: Difícil.

Assunto: Tipologias textuais, efeitos de sentido, enunciados, enunciação.

Analisando o refrão e todo o contexto da canção, percebemos dois tipos textuais que formam os enunciados apresentados pela banda aos ouvintes (interlocutores), de forma a concluir toda a situação de Eduardo e Mônica com o mesmo refrão que a inicia.

Escreva os dois tipos textuais utilizados, comentando o sentido do enunciado associado a cada um.

QUESTÃO 26 (Descritor: Identificar o discurso de relato e suas características em textos de diversos gêneros.)

Nível de dificuldade: Fácil.

Assunto: Discurso, efeitos de sentido, inferência.

E todo mundo diz que ele completa ela
E vice-versa, que nem feijão com arroz [...]

IDENTIFIQUE que tipo de brincadeira podemos comparar a metáfora feijão com arroz no relacionamento entre os personagens Eduardo e Mônica, de acordo com o contexto da canção, à questão de ‘um completar o outro’.

QUESTÃO 27 (Descritor: Identificar o discurso de relato e suas características em textos de diversos gêneros.)

Nível de dificuldade: Fácil.

Assunto: Inferência, contexto, efeitos de sentido.

Que efeitos de sentido podemos estabelecer, de acordo com a canção, ao analisar o refrão com frases em perguntas (e explicações) contraditórias: Quem um dia irá dizer que existe razão e quem irá dizer que NÃO existe razão?

As questões 28, 29 e 30 referem-se ao modelo de placa de divulgação colocado a seguir.

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Fonte: http://images03.olx.com.br/ui/1/93/22/6449122_1.jpg – 12/6/2010 – adaptado.

QUESTÃO 28 (Descritor: Reconhecer os processos sintáticos de organização e hierarquização das palavras em frases.)

Nível de dificuldade: Médio.

Assunto: Termos integrantes da oração.

Qual é o tipo de VOZ que a flexão verbal da placa de divulgação estabelece uma forma em que o sujeito se relaciona com o verbo e com os complementos verbais?

QUESTÃO 29 (Descritor: Reconhecer os processos sintáticos de organização e hierarquização das palavras em frases.)

Nível de dificuldade: Médio.

Assunto: Termos integrantes da oração.

Escreva a oração de divulgação da placa na voz passiva analítica, criando e incluindo um agente da passiva.


QUESTÃO 30 (Descritor: Reconhecer os processos sintáticos de organização e hierarquização das palavras em frases.)

Nível de dificuldade: Fácil.

Assunto: Termos integrantes da oração.

A oração da placa de divulgação – Vende-se casasencontra-se, linguisticamente e sintaticamente, escrita de forma adequada, observando a questão anterior, na voz passiva analítica? Justifique sua resposta.

As questões 31, 32 e 33 referem-se a um pequeno artigo retirado de um blog a respeito da exibição das características de famosos antes e depois de um software que consiste em um editor de imagens – Adobe Photoshop.

MAQUIAGEM EM PHOTOSHOP

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Uma excecelente técnica é a remoção das imperfeições de pele. Uma técnica muito usada pelos fotógrafos e designers de agências de moda e revistas. Aqui tambem podem vislumbrar alguns “antes” e “depois”. Vejam como se transformam as imagens e os personagens com um pouco de “photoshop power”.

Fonte: http://iwannabeadesigner.wordpress.com/2008/04/07/maquilhagem-em-photoshop/ – 23/8/2010 – adaptado.

QUESTÃO 31 (Descritor: Identificar os constituintes imediatos da oração.)

Nível de dificuldade: Fácil.

Assunto: Termos essenciais da oração.

Uma excelente técnica é a remoção das imperfeições de pele.

Classifique e divida os termos essenciais da oração acima, estabelecendo o SUJEITO e o PREDICADO.


QUESTÃO 32 (Descritor: Identificar o discurso de relato e suas características em textos de diversos gêneros.)

Nível de dificuldade: Médio.

Assunto: Retextualização, discurso, efeitos de sentido, enunciado, enunciação.

Por qual motivo, pensando nos interlocutores e nos leitores (grande parte do público feminino), a revista foi além e aproveitou para dar uma recauchutada na modelo?

QUESTÃO 33 (Descritor: Identificar o discurso de relato e suas características em textos de diversos gêneros.)

Nível de dificuldade: Médio.

Assunto: Retextualização, discurso, efeitos de sentido, enunciado, enunciação.

Em sua opinião, apenas a revista de origem russa, Cosmopolitan, voltada ao público feminino, faz algumas recauchutadas em um enunciado, em determinado discurso, principalmente no efeito imagético, para conquistar os interlocutores, o público-alvo pretendido? Justifique sua resposta.

As questões 34, 35 e 36 referem-se à piada a seguir.

Certo dia um homem resolve se inscrever em um concurso para locutor de rádio:
- O seu nome?
- Jo-jo-ão dda Ssssil-silva Ssantos.
- Ora, meu senhor, como você espera participar de um concurso para locutor se você é gago?
- Não, gago era meu pai, e imbecil foi o escrivão que me registrou com esse nome!

Fonte: http://www.piadascurtas.com.br/ – 12/6/2010 – adaptado.

QUESTÃO 34 (Descritor: Reconhecer os processos sintáticos de organização e hierarquização das palavras em frases.)

Nível de dificuldade: Médio.

Assunto: Termos acessórios da oração.

O trecho ‘Ora, meu senhor’, destacado da piada acima, representa qual termo da oração cujo objetivo é o de chamar ou interpelar um interlocutor no momento da fala?

QUESTÃO 35 (Descritor: Identificar marcas de posicionamento enunciativo do(s) locutor(es) e enunciador(es) e seus efeitos de sentido.)

Nível de dificuldade: Médio.

Assunto: Discurso, enunciado, enunciação, coesão.

Observando a piada, podemos analisar o que o interlocutor, personagem interrogado, argumentou em sua resposta. O que ele respondeu é uma mentira ou, provavelmente, uma verdade: ele é, ou não é um gago? Como podemos perceber tal situação no enunciado da piada?


QUESTÃO 36 (Descritor: Identificar o discurso de relato e suas características em textos de diversos gêneros.)

Nível de dificuldade: Médio.

Assunto: Discurso, enunciado, inferência, enunciação.

Para resolver a situação de se inscrever como locutor, você acha que imbecil foi apenas o escrivão que o registrou, como disse o personagem? Justifique sua resposta.

A questão 37 refere-se à mensagem transmitida por um blog que critica o problema trazido pela Petrobras (empresa brasileira de capital aberto, que trabalha, prioritariamente, nas áreas de exploração, produção, refino, comercialização e transporte de petróleo e seus derivados, no Brasil e no exterior) em relação ao poço de petróleo, termo usado para qualquer perfuração na superfície terrestre para produção de petróleo ou gás natural.

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Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTi5nPclNBokjAxOovbX_nbMIOTGQLdQNg6ZnRNzJPzkjsLRUN6REmGHGPDMm5v9Ver7XQrlc5Sj6kYe4BmciadHFaXeLBG0_x0CGTwo3yTAYf5TJYUq8QZsQJVpKJvGXkeB-3sKYWOxs/s1600/Prop+6+petrobras.jpg – 13/6/2010 – adaptado.

QUESTÃO 37 (Descritor: Identificar o modo verbal predominante em textos descritivos apresentados e seus efeitos de sentido.)

Nível de dificuldade: Médio.

Assunto: Termos integrantes da oração, discurso, efeitos de sentido, ambiguidade.

Classifique a forma verbal do verbo chegar’, justificando sua resposta de acordo ao contexto da mensagem no efeito de sentido e na interpretação demonstrados pelo blog.


(Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP – 2010 – adaptado)

QUESTÃO 38 (Descritor: Identificar o discurso de relato e suas características em textos de diversos gêneros.)

Nível de dificuldade: Difícil.

Assunto: Ambiguidade, inferência, efeitos de sentido.

 

Nessa propaganda do dicionário Aurélio, a expressão ‘bom pra burro’ é polissêmica (faculdade que tem uma palavra de apresentar diferentes sentidos), e remete a uma representação de dicionário.

a) IDENTIFIQUE qual é essa representação. Ela é adequada ou inadequada? JUSTIFIQUE.

b) EXPLIQUE como o uso da expressão ‘bom pra burro’ produz humor nessa propaganda.

As questões 39 e 40 referem-se ao texto a seguir, aplicado no vestibular 2009 da Universidade Estadual de Goiás – UEG – 2009 (adaptado).

O “POR QUÊ?” E O “COMO?”

Marcelo Gleiser

Uma das concepções mais comuns da ciência é que ela tem o dever de explicar o porquê de tudo. Por exemplo, por que a Terra gira em torno do sol e não o contrário? Por que existe vida na Terra e não em Vênus? Por que algumas pessoas têm olhos azuis e outras castanhos? Na prática, no entanto, a situação é mais complicada: existem dois tipos de pergunta, o “por quê?” e o “como?”. Nem sempre a ciência pode ou mesmo tenta ou deve explicar o porquê das coisas. Perguntas do tipo “como” são em geral muito mais apropriadas à missão da ciência de descrever a realidade em que vivemos. A teoria de Newton é extremamente bem-sucedida, explicando uma série de observações e fenômenos que presenciamos no nosso dia a dia. Quando perguntaram a ele por que massas se atraem, respondeu que preferia não inventar hipóteses sobre o assunto: uma teoria científica pode se contentar em descrever o fenômeno, com alta precisão.

FOLHA DE S. PAULO, São Paulo, 18 jun. 2006, p. 9. Mais! (adaptado).

QUESTÃO 39 (Descritor: Perceber diferenças entre mecanismos de coesão na língua oral e na língua escrita.)

Nível de dificuldade: Difícil.

Assunto: Inferência, discurso, coesão.

Tendo em vista as concepções de ciência apresentadas no texto, há expressões que correspondem ao ‘por

quê?’ e ao ‘como?’. Em quais dessas perguntas são associadas, RESPECTIVAMENTE, as três ocorrências do verbo ‘explicar’ sublinhadas no texto?

QUESTÃO 40 (Descritor: Identificar marcas linguísticas de delimitação e articulação entre as fases da descrição e seus efeitos de sentido.)

Nível de dificuldade: Médio.

Assunto: Classes gramaticais, recurso linguístico.

Considerando o processo de derivação que aparece no título do texto, responda:

a) Quais as classes gramaticais anteriores e as posteriores ao processo?

b) Que recurso gráfico e que recurso linguístico indicam a efetivação desse processo?


GABARITO DAS QUESTÕES OBJETIVAS

QUESTÃO 01

D

QUESTÃO 13

C

QUESTÃO 02

B

QUESTÃO 14

B

QUESTÃO 03

D

QUESTÃO 15

E

QUESTÃO 04

B

QUESTÃO 16

C

QUESTÃO 05

A

QUESTÃO 17

D

QUESTÃO 06

C

QUESTÃO 18

B

QUESTÃO 07

B

QUESTÃO 19

E

QUESTÃO 08

E

QUESTÃO 20

D

QUESTÃO 09

E

QUESTÃO 21

C

QUESTÃO 10

A

QUESTÃO 22

C

QUESTÃO 11

C

QUESTÃO 23

C

QUESTÃO 12

E

QUESTÃO 24

D

GABARITO DAS QUESTÕES ABERTAS

QUESTÃO 25

Os dois tipos textuais utilizados na canção Eduardo e Mônica é um argumento (pergunta) no refrão e uma narração que explica tal argumento no contexto do enunciado, nos demais versos.

Quem um dia irá dizer
Que existe razão
Nas coisas feitas pelo coração?
E quem irá dizer
Que não existe razão?

O refrão consiste em um argumento com sentenças declarativas (proposições), certas premissas, que faz o interlocutor (ouvinte) pensar no que a canção concluirá quando terminar. Dessa forma, o refrão é retomado na conclusão, de formar a repensar o que foi perguntado no início e explicado no contexto.

No contexto da canção temos uma narração com um narrador que explica a história de Eduardo e Mônica. Narração consiste em determinada sequência de fatos em que os personagens (Eduardo e Mônica) se movimentam num certo espaço à medida que o tempo passa. Uma narração é baseada na ação que envolve personagens, tempo, espaço e conflito. Seus elementos são constituídos por um narrador, um enredo, personagens, espaço e tempo.

QUESTÃO 26

E todo mundo diz que ele completa ela
E vice-versa, que nem feijão com arroz

A brincadeira utilizada pela metáfora feijão com arroz, ou seja, mesmo sendo duas pessoas diferentes, Eduardo brincar com os pais, não ter toda a experiência e o conhecimento de Mônica, eles se completam como feijão com arroz: diferentes (um escuro, outro claro), mas se identificam e podem construir uma vida agradável, com um ‘bom tempero’.


QUESTÃO 27

As perguntas sintaticamente contraditórias, mas que são concluídas com a canção, é a diferença social, cultural, de conhecimento, até mesmo de idade, que pode acontecer entre duas pessoas, como no caso de Eduardo e Mônica, mas que pode fluir de forma adequada, conforme diálogo, compreensão, respeito, aprendizado de ambas as partes. Ninguém, teoricamente, pode explicar como as diferenças se intercalaram, e também não se pode confirmar que existe razão com pessoas aparentemente diferentes, mas quem poderá dizer que não existe razão... A própria pessoa não entende onde aparecem as semelhanças e a boa relação de pessoas aparentemente distintas: situações que existem e não existem – eis a questão...

QUESTÃO 28

Voz passiva – indica que a ação expressa pelo verbo é recebida pelo sujeito.

VENDEM-SE CASAS – Voz passiva sintética ou pronominal – formada por verbo transitivo na terceira pessoa + se (pronome apassivador ou partícula apassivadora) + sujeito paciente. Sempre estará acompanhado pelo pronome apassivador SE.

QUESTÃO 29

As casas são vendidas pelo proprietário.

Pelo proprietário = agente da passiva.

QUESTÃO 30

Não. A oração foi escrita de forma inadequada. Por constituir uma voz passiva sintética ou pronominal SE que substitui um agente da passiva, estabelece-se que As casas estão sendo vendidas. Portanto, VENDEM-SE CASAS, é a forma adequada de ser escrita, linguisticamente e sintaticamente.

QUESTÃO 31

[...] é uma excelente técnica Predicado Nominal.

[...] a remoção das imperfeições de pele. Sujeito Simples. .

QUESTÃO 32

O motivo da revista é o de conquistar a maioria dos interlocutores, grande parte do sexo feminino. O público-alvo deve ser conquistado, mantendo os assinantes de forma assídua e conquistando novos clientes. Além disso, o discurso de uma revista voltado ao público feminino é o de mostrar como as mulheres comuns e famosas se cuidam em busca de um corpo mais bonito e de uma vida mais saudável. Portanto, mesmo sendo uma personagem bonita e famosa, deve ser apresentada, especialmente em uma capa, da forma mais adequada possível, que chame a atenção do público.

QUESTÃO 33

Não. Todos os enunciados realizados em determinados discursos, especialmente os que envolvem termos imagéticos, utilizam softwares que funcionam como editores de imagens, como o Adobe Photoshop. O objetivo é conquistar o público-alvo, os assinantes assíduos e os futuros clientes da empresa. Revistas como Playboy, Veja, Caras, Boa Forma, Isto É, e várias outras ajustam-se na área de criação o que será exibido aos leitores, da forma mais adequada e persuasiva possível. Além disso, características de comunicação, como publicidade e propaganda, são também muito aproveitadas e ajustadas de acordo ao texto e a imagem que serão exibidos e mostrados aos futuros consumidores. Cada discurso funciona de acordo o que é pretendido por seus enunciadores.


QUESTÃO 34

Vocativo.

QUESTÃO 35

Provavelmente, ele foi verdadeiro, não sendo gago. Podemos perceber tal detalhe nas orações e no enunciado apresentados na piada. Se ele fosse realmente gago, responderia a última pergunta dividida como o seu nome Jô-jo-ao etc., fato que não ocorreu.

QUESTÃO 36

Resposta pessoal.

Não, imbecil foi também João da Silva Santos, que deveria ter dito seu nome de forma simples; e o nome completo, em registro, apenas se fosse solicitado o documento de identidade ou a certidão de nascimento para registro.

QUESTÃO 37

Chegamos ao fundo do poço.

Nem sempre é possível dar a uma frase ou palavra uma única classificação. Na frase em análise, a classificação do verbo ‘chegar’ dependerá da interpretação que dermos à expressão ‘ao fundo do poço’: sentido literal – buscar no poço os elementos necessários para a produção de petróleo; sentido figurado – problema trazido pelo produto oferecido, de acordo a capacidade, os custos etc. Sendo o dativo característico do complemento indireto, na maioria dos casos, poderíamos defender que o verbo ‘chegar’, neste caso, constitui um transitivo indireto e o termo ‘fundo do poço’ um objeto indireto.

QUESTÃO 38

a) A representação indireta é a de que o dicionário é o pai dos burros, associando o dicionário à ignorância. Dito de outra forma, o dicionário serviria apenas a uma pessoa que não conhece a língua, ou, especificamente, a pessoa que conhecesse muito mal. É inadequado associar ignorância ao uso de um dicionário, pois a representação pressupõe que as pessoas possam conhecer todas as palavras de uma língua e seus significados, ou, ainda, que o dicionário possa conter todas as palavras e significados de uma língua. Diferentemente, o dicionário é um objeto histórico e só imaginariamente poderia conter todas as palavras e os significados de uma língua que também é histórica. O dicionário, como qualquer outro instrumento linguístico, é resultado de interpretações a respeito da língua e não um retrato da realidade dessa língua, além de ser importante material de consulta.

b) ‘Pra burro’ é frequentemente associado à intensidade, à quantidade, ao advérbio ‘muito’. Assim, a expressão ‘bom pra burro’ significa ‘muito bom’. Vindo junto à imagem de um dicionário, permite a associação à expressão ‘pai dos burros’. O humor é provocado, portanto, pela convivência das duas expressões no uso da expressão, colocando lado a lado a qualidade de ser muito bom e a imagem estereotipada de ser destinado a pessoas ‘burras’.

QUESTÃO 39

1ª. Ocorrência: ‘por quê’;

2ª. Ocorrência: ‘por quê’;

3ª. Ocorrência: ‘Como’.

QUESTÃO 40

a) classes gramaticais anteriores: pronomes interrogativos; posteriores: substantivos.

b) recurso gráfico: aspas; recurso linguístico: uso do artigo.

Expressões populares nas provas de Português

É bastante comum nas provas de Português ser exigido que os alunos façam a distinção entre a linguagem denotativa e a conotativa. è claro que isso faz parte dos rudimentos dos estudos da Língua Portuguesa, mas ainda temos muitos alunos que não percebem quando é que uma expressão foi usada no sentido conotativo. O artigo de hoje é um desafio. Você precisa identificar o sentido das expressões representadas pelas imagens colocadas aí. Você pode deixar nos comentários suas respostas. Saiba, porém, que na prova de redação do Enem você não deve, de maneira nenhuma, usar a linguagem conotativa. Isso foge das características do gênero pedido.

 

Agasalhando_o_Croquetebarbas_de_molhoCha_de_CadeiraEnchendo_LinguiçaEngolindo_Sapoexpressoes_populares (1)expressoes_populares (2)expressoes_populares (3)expressoes_populares (4)expressoes_populares (5)expressoes_populares (6)expressoes_populares (7)expressoes_populares (8)expressoes_populares (9)expressoes_populares (10)Joao_sem_BraçoMao_na_RodaMolhando_o_biscoitoNa_MoscaPagando_o_PatoPisando_na_bolaQueimando_a-roscaSegurando_velaTirando_agua_do_joelho

Questões sobre gênero textual com tirinha

exercício-enem-interpretacao-descomplica (10)Após fazer o Enem, uma decisão importante o candidato precisa tomar. Para quem pretende fazer um curso em uma Universidade Federal, poderá optar pelo Sisu, Sistema que coordena a seleção de vagas. O Sistema Seleção Unificada trabalha atualmente apenas a chamada única regular, mas mantém a lista de espera para completar vagas de eventuais desistentes. O Programa Universidade para Todos (Prouni) é programa  destinado àqueles que pretendem concorrer por bolsas de estudos em instituições privadas de ensino após obterem uma boa nota no Enem. Já no Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), os participantes podem financiar mensalidades de cursos em instituições privadas de ensino.

Atividades sobre gênero textual

AS QUESTÕES DE 29 A 31 DEVEM SER RESPONDIDAS COM BASE NO TEXTO VI.

TEXTO VI

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(BROWNE, Dik. O melhor de Hagar, o Horrível. V.2. Porto Alegre: L&PM, 2005. p.26-27.)

QUESTÃO 29 (Descritor: identificar gênero do texto a partir de seus elementos.)

Assunto: Como se produz sentido/gênero textual.

Qual é o gênero do texto apresentado?

QUESTÃO 30 (Descritor: relacionar e identificar locutores dentro do discurso.)

Assunto: Como se produz sentido/interlocutores.

Quem são os interlocutores do texto? Que papéis sociais eles parecem representar?

QUESTÃO 31 (Descritor: reconhecer a influência da dimensão pragmática dentro do discurso.)

Assunto: Como se produz sentido/contexto.

Que conhecimentos prévios o leitor precisa ter para interpretar o texto?


QUESTÃO 32 (Descritor: reconhecer o objetivo comunicativo a partir da situação discursiva.)

Assunto: Como se produz sentido/situação discursiva.

O objetivo comunicativo de um texto – e, portanto, o seu sentido – depende não só da interação que ele encena (enunciado), mas também de todas as demais interações que ele estabelece a cada uso que dele se faz (enunciações).

Além de encenar a interação entre Helga e sua filha, o texto de Dik Bowne estabelece outras entre o autor e o público-alvo do jornal em que originalmente circulou, entre o autor e o público-alvo do livro citado na referência bibliográfica ao pé do texto, entre outras.

Considerando cada uma dessas interações e suportes, que objetivos comunicativos é possível reconhecer no texto?

A) Interação Helga – sua filha.

B) Interação autor – público-alvo do jornal.

C) Interação autor – público-alvo do livro “O melhor de Hagar”, o Horrível.

gabarito dos exercícios de Português

QUESTÃO 29

Trata-se de uma tirinha, em discurso direto.

QUESTÃO 30

Helga e sua filha. Mãe e filha.

QUESTÃO 31

O leitor precisa ativar a visão social que se tem acerca de sogro e sogra para compreender o humor do texto.


QUESTÃO 32

A) Orientar a filha sobre como se relacionar com os sogros.

B) Produzir humor a partir da quebra de expectativa no último quadrinho.

C) Apresentar, em coletânea, textos do mesmo gênero com finalidade humorística.

Linguagem, enunciação e adequação na redação

Falamos da linguagem e do que ela representa na socialização do homem. Mas de que maneira ela se efetiva, se realiza? É na enunciação, isto é, na situação real de comunicação. A enunciação engloba o processo de comunicação como um todo, abrangendo diversos elementos que o condicionam e o modificam:

Conclui-se, portanto, que a enunciação é uma complexa interação de diversos fatores.
Neste ponto, é importante trabalhar dois conceitos: enunciado e frase. São sinônimos? Há diferença entre eles? O enunciado é o resultado de um processo comunicativo efetivo, condicionado por diversos elementos; já a frase é o resultado de uma combinação possível, compreensível e de sentido completo, numa determinada língua, mas não contextualizada.
"[...] tem-se reservado o termo frase (= sentença) para a unidade formal do sistema da língua, estruturada de acordo com os princípios da gramática, passível de um sem-número de realizações; e o termo enunciado, para a manifestação concreta de uma frase, em situações de interlocução."
KOCH, Ingedore Villaça. A interação pela linguagem. 6. ed. São Paulo: Contexto, 2001.
Por se tratar de um resultado efetivo de um processo comunicativo, você perceberá que valorizaremos o enunciado, sempre que possível, para exemplificar estruturas da língua e trabalhar com elas. Em algumas situações, por questões didáticas, trabalharemos com frases. Importante, no entanto, é transitar bem entre esses conceitos para que na redação do Enem, Exame Nacional do Ensino Médio, você possa tirar mil pontos na redação.

A adequação da linguagem

Em consequência da complexidade que envolve a enunciação, ou seja, o ato comunicativo efetivo, os conceitos de certo ou errado tornam-se superficiais. É necessário considerar um novo conceito: a adequação. Um enunciado pode ser considerado adequado quando é apropriado aos elementos presentes no processo de comunicação.
Entende-se que o uso que cada indivíduo faz da língua depende de várias circunstâncias: do que vai ser falado (assunto), do meio utilizado (canal), do contexto (ambiente espaço-temporal), do nível sociocultural de quem fala e, importantíssimo, de quem é o interlocutor (ou seja, para qual pessoa se está falando). Isso significa que a linguagem do texto deve estar adequada à situação, ao interlocutor e à intencionalidade do falante. Assim, seria inadequado um professor universitário fazer uma palestra para alunos do Ensino Fundamental I empregando palavras eruditas, desenvolvendo argumentos complexos e estruturas sintáticas muito elaboradas - ele não seria compreendido por seus interlocutores.
De maneira geral, distinguem-se dois tipos de registro da língua:
- o padrão coloquial: emprego das estruturas da língua de forma espontânea e funcional. Aparece em contextos informais, íntimos e familiares, que permitem maior liberdade de expressão. Esse padrão mais informal também é encontrado em propagandas, programas de televisão ou de rádio.
- o padrão culto: emprego das estruturas da língua de forma mais cuidada e tradicional. Aparece em situações que exigem maior formalidade, sempre tendo em conta o contexto e o interlocutor. Caracteriza-se pela conformidade ao conjunto de regras da gramática normativa.
No entanto, o padrão culto e o padrão coloquial são classificações extremas de inúmeros níveis do uso da língua - ora mais formais, ora mais informais -, tanto quanto inúmeras são as situações de comunicação ao longo de nossa vida em sociedade. O grande desafio é você estar preparado para utilizar o nível de linguagem adequado à situação e ao(s) interlocutor(es).

O que é denotação e conotação?

O que determina o significado de uma palavra é o contexto em que ela aparece e, dependendo do contexto, uma mesma palavra pode ter significações diferentes. Dá-se o nome de polissemia aos vários significados que uma mesma palavra pode assumir em diferentes contextos.

A significação das palavras não é fixa, estática. Com o uso, elas podem deixar de representar apenas a ideia original (básica e objetiva), passando a englobar, por associações, outras significações.

Quando se diz "Paulo é uma fera em informática", é claro que não se está afirmando que Paulo é um animal carnívoro bravio, ou seja, a palavra fera não está sendo usada em seu sentido próprio, original, mas em sentido figurado, significando pessoa de grandes conhecimentos, especialista em determinado assunto.

Quando a palavra é empregada em seu sentido original, dizemos que há denotação, ou que a palavra está empregada em sentido denotativo. Quando empregada com outra significação, dizemos que ocorre conotação ou que a palavra foi empregada em sentido conotativo.

A denotação é sempre impessoal, objetiva; é a palavra em "estado de dicionário". A conotação apresenta um caráter pessoal, subjetivo, sendo passível de interpretações diferentes. A conotação é sempre secundária em relação à denotação, ou seja, o sentido denotativo de uma palavra é sempre anterior a um possível sentido conotativo.

EXERCÍCIOS

Texto para as questões 1 a 3.

A origem da palavra computar é muito antiga e começa com o latim putare (epa!), fixar quantidades, de onde derivaram palavras como disputar, reputar, imputar. O verbo putar não existe em português, mas seu DNA pode ser encontrado na palavra putativo, ainda muito usada na linguagem jurídica: quando perguntamos "Quem é o pai da criança?", os possíveis suspeitos são chamados de pais putativos. E, para os muito curiosos, a resposta é não: aquela famosa palavrinha de quatro letras não tem nada a ver com tudo isso: ela vem do latim puttus, menino (e em Portugal ainda é usada com esse mesmo sentido; nós, brasileiros, é que a pervertemos...).

Odisseia Digital. São Paulo: Abril, mar. 2001. p. 14. Exemplar integrante das revistas Vip, Web! e Superinteressante.

1. O texto afirma que a palavra computar proveio do latim putare. Ainda segundo o texto, disputar, reputar e imputar também derivaram daquele verbo. No português, porém, elas são consideradas primitivas porque já as recebemos assim formadas.

a) Procure, num dicionário, as formas latinas que deram origem a essas palavras.

b) Cite palavras que pertençam à mesma família de computar, reputar, imputar e disputar e explique como elas foram formadas.

2. O texto afirma que o DNA do verbo putar (que não existe em português) pode ser encontrado na palavra putativo.

a) Como se formou o termo DNA?

b) O termo DNA foi empregado em sentido denotativo ou conotativo? Justifique.

c) Justifique por que, na palavra putativo, pode-se encontrar o DNA do verbo putar¹.

3. "[...] aquela famosa palavrinha de quatro letras não tem nada a ver com tudo isso: ela vem do latim puttus, menino (e em Portugal ainda é usada com esse mesmo sentido; nós, brasileiros, é que a pervertemos...)"

a) Há um trecho, nessa passagem, que pode ser lido de duas maneiras, ou seja, foi redigido de um modo que possibilita dupla interpretação. Qual é esse trecho e quais são suas possíveis interpretações?

b) Redija o trecho de forma a evitar essa dupla interpretação.

Substantivos abstratos e concretos nos textos

Declaração dos bens de família

Cadeiras e sofá, consolo e jarra, camas e bules, redes e bacias, a caixa de charão, o guarda-louça, teteias, mesa, aparador, fruteira, a cesta de costura, o papagaio, a cafeteira, o cromo de parede, o jogo de gamão, as urupemas, o álbum, o espelho, o candeeiro belga, alguidares, baús de roupa, esteiras de pipiri, a tábua do engomado, pilão de milho, o tempo do relógio, quartinhas, almanaques, tamboretes, o santo da família, a lamparina, o carneiro Belém e o seu balido.

MOTA, Mauro. Itinerário. Rio de Janeiro: José Olympio, 1975. p. 7.

Segundo a sua natureza, podemos distinguir substantivos concretos de abstratos, ou seja, substantivos que se referem a coisas materializáveis de substantivos que se referem a coisas não materializáveis. Assim, é possível nomear o que pertence ao mundo material e ao mundo das ideias e das emoções.

O emprego de um ou outro tipo de substantivo manifesta significativamente a que mundo nos referimos; portanto, o assunto de um texto está intimamente relacionado à seleção da natureza dos nomes que são empregados nele. Se a temática, por exemplo, lida com a metafísica, visita os sentimentos, a espiritualidade, entram em cena os substantivos abstratos. Caso contrário, se o assunto trata da realidade material que está à nossa volta, os concretos serão os protagonistas.

Observe como o poeta monta o soneto com uma predominância de substantivos concretos, fazendo jus ao título: Declaração dos bens de família, que não é outra coisa senão um inventário de coisas materiais pertencentes a uma família. O mesmo não ocorreria se se tratasse da declaração do bem de família, em que teria de ser feito um inventário de princípios e qualidades, com predominância de substantivos abstratos (respeito, fraternidade, união etc).

Exercício

Leão - 22/07 a 22/08

Leão é um signo de brilho, sucesso e afirmação da vida. Do mesmo modo que o rei dos animais, as mulheres que nasceram sob esta influência têm forte vocação para o poder. Capacidade para liderar, disciplinar e orientar os outros são outras características leoninas.
A vitalidade é influência do elemento fogo, que faz com que sejam corajosas e possuam uma enorme capacidade de recuperação.

Sua criatividade é altamente desenvolvida, com um talento para as artes, principalmente as cênicas.

Justifique a predominância de substantivos abstratos no texto acima.

Exercícios sobre substantivos na construção dos textos


Texto para a próxima questão.

Na manhã do dia 3 de agosto de 1492, Colombo partiu com suas três caravelas - Santa Maria, Pinta e Nina, com cerca de 100 homens de tripulação - rumo ao sudoeste, em direção às Ilhas Canárias. Uma rota direta pelo oeste pode parecer mais curta do que esse desvio pelo sul, no entanto é essencial lembrar que, nos dias da navegação a vela, o importante de uma viagem era a menor duração, e não a menor distância geográfica. Se tivesse zarpado direto da Espanha rumo ao oeste, Colombo teria enfrentado fortes ventos contrários no Atlântico Norte, que poderiam ter dificultado ou impossibilitado a viagem - sua rota continua a ser, ainda hoje, a mais favorável a um veleiro que venha da Europa para a América. Com o desvio de uma semana rumo às Ilhas Canárias, Colombo ganhou tempo, pois a partir de lá ventos favoráveis ao cruzamento do Atlântico rumo ao oeste de fato encurtara sua viagem.

MIGLIACCI, Paulo. Os descobrimentos: origens da supremacia europeia. São Paulo: Scipione, 1992. p. 51.

Considerando que Colombo nasceu em Gênova, estudou geografia medieval, navegou a serviço da Coroa espanhola e descobriu a América, substitua o substantivo próprio em favor do estilo.

Coesão, estilo e intencionalidade

Jacarta abria as suas páginas na noite e a diferença de fuso horário mantinha-me as pupilas dilatadas. Olhos abertos pelo cansaço da viagem de Londres para Kuala Lumpur, na Malásia, e depois... depois para a indefinição, Jacarta.
"Camões" só me acompanhou até Londres. A partir daí deixou-me entregue a esse legado infinito. Nas treze horas seguintes, enquanto o Jumbo rasgava as altitudes, só me ouvia a mim próprio a sussurrar o português. Nem uma palavra na língua que um dia cruzou oceanos e povoou o mundo. A língua - que um dia aportou em águas límpidas de corais multicolores e deixou marcas arrastadas pelos séculos - tinha ficado para trás. Senti ali, no longo caminho de virtudes. E ninguém o sabia. Só eu...

VELADAS, Antônio. Timor: terra sentida. Portugal: Publicações Europa-América, 2001. Edição bilíngue.

Você prestou atenção na palavra Camões que aparece no texto? Nesse caso, o substantivo não está fazendo referência ao poeta português, mas a outro conceito: a língua portuguesa (trata-se de um processo metonímico, em que se emprega o falante pela língua falada). O jornalista português Antônio Veladas, a partir do segundo parágrafo, escreve sobre a língua portuguesa. Para isso, ele se vale de várias expressões lexicais para nomeá-la e retomá-la: Camões; o português; na língua que um dia cruzou oceanos e povoou o mundo; a língua -que um dia aportou em águas límpidas de corais multicolores e deixou marcas arrastadas pelos séculos; do tesouro linguístico.

Além do valor estilístico do emprego de alternativas lexicais num texto, a seleção delas pode manifestar posicionamento, sentimento, emoção. No caso do fragmento lido, o jornalista manifesta amor, admiração e respeito pela língua portuguesa, sentimentos evidenciados pelos substantivos selecionados (tesouro) e pela adjetivação (orações adjetivas). Vamos pensar se, ao contrário, as alternativas fossem: língua imposta por colonizadores; carga linguística, a língua - que um dia contaminou outras etc. Que diferença!

O substantivo, como sabemos, designa, nomeia. Isto é, o emprego de um substantivo implica a associação com um conceito a que faz referência. Assim, ao empregar, por exemplo, o substantivo próprio Camões, referimo-nos a um ser, ao conceito desse ser (Luís de Camões). Mas, na montagem de um texto sobre ele, em que teríamos de nomeá-lo constantemente, para não deixar o texto redundante, poderíamos empregar algumas outras designações que o apontam ou descrevem: o maior poeta português, o autor de Os Lusíadas etc. Da mesma forma, ao nos referirmos ao autor do texto anterior, poderíamos empregar Antônio Veladas, o jornalista português, o escritor, o autor de Timor: terra sentida, o jornalista que cobriu a luta pela independência do Timor etc. Essas designações, alternativas lexicais, podem beneficiar um texto: permitem a coesão lexical interna sem perder estilo, pois evitam redundâncias.